segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MUNDIAL - FALCÃO (BRASIL)


Falcão é um homem feliz. Depois das frustrantes derrotas com a Espanha na Guatemala 2000 e na China Taipei 2004, o ídolo máximo do futsal brasileiro conseguiu conquistar o seu primeiro Campeonato do Mundo da FIFA no Brasil e às custas dos espanhóis.
Como se fosse pouco, o famoso camisola 12 da selecção Brasileira reafirmou a condição de melhor jogador do mundo ao ganhar a Bola de Ouro pela segunda vez consecutiva. A cereja no topo do bolo foi a Bota de Prata, conquistada como vice-goleador da competição. Com a medalha no pescoço e ainda vestindo a camisola de jogo, o pivô conversou em exclusivo com o FIFA.com.

Como se sente neste momento?
Estou feliz. Só lamento ter torcido o joelho e não ter podido ajudar a equipa até ao final a conseguir a vitória. Agora sinto-me um jogador completo, estou realizado. Há quatro anos ganhei os prémios individuais, mas precisava ser campeão do mundo. Agora, ganhar o título, ser o melhor jogador e terminar como vice-goleador do torneio é demais. Não posso pedir nada mais.
O que significa ter conquistado o primeiro título mundial em casa?
Uma alegria enorme, porque coroa 12 anos de tentativas com a selecção. Além disso, o título chegou num momento especial e num lugar especial: aqui no Brasil, em frente às nossas famílias. É uma sensação incrível.
O que achou da final?
Foi uma partida muito igual entre duas equipas que se conhecem muito e fizeram um grande espectáculo. O meu coração sofreu bastante, mas pelo menos conseguimos ganhar à Espanha da mesma forma que ganharam de nós em 2004.
Acha que o título do Brasil foi justo?
É claro que sim, não tenho dúvida de que merecemos ganhar. Foi um trabalho de quatro anos, durante os quais a equipa foi crescendo e aprendeu a jogar um futsal eficaz e que hoje se coroa com o título mundial.
Você imagina-se a disputar o seu quarto mundial daqui a quatro anos?
Quero seguir jogando com a selecção e aproveitar o facto de ser campeão do mundo vestindo esta camisola. Vou ter 35 anos no próximo Campeonato do Mundo, teremos de ver como as coisas vão andar, mas tenho o desejo de jogar mais uma.
Qual a sua opinião sobre o nível do futsal actualmente?
À excepção das equipas em processo de aprendizagem, e contra as quais os resultados obviamente desvalorizam um pouco o nível do futsal, vi um avanço significativo na grande maioria. O Irão, por exemplo, ficou fora das meias-finais após perder apenas uma partida, mas a Itália terminou em terceiro depois de perder três. Portugal está muito bem. A Rússia me impressiona, pois está fazendo as coisas bem e, em quatro anos, será um dos rivais a serem batidos. Vamos ter de ir preparando a nova geração para competir em pé de igualdade.
Entrevista tirada do fifa.com
Luis Barradas

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